domingo, 8 de maio de 2011

MÃE MERECE ...

SER MÃE

     A missão de ser mãe começa com alguns meses de muito enjôo, seguido por anseios incontroláveis por comidas estranhas e necessidade arrumar os travesseiros para preencher o espaço entre o volume da barriga e o resto da cama.
Ser mãe é não esquecer a emoção do primeiro movimento do bebezinho chutando dentro da barriga.
     O instante maravilhoso em que ele se materializou ante os seus olhos, a boquinha sugando o leite, com vontade, e o primeiro sorriso de reconhecimento.
     Ser mãe é ficar noites sem dormir, é a fralda que está molhada, é a fome que chama, desejo de colo, de amor e de atenção.
     Ser mãe é ajudar o filho a largar a chupeta e a mamadeira. É levá-lo para a escola e segurar suas mãos na hora da vacina.
     Ser mãe é se deslumbrar em ver o filho se revelando em suas características únicas e observar suas descobertas. A cada nova coisa que ele faz, chorar e se emocionar.
     Sentir sua mãozinha procurando a proteção da sua, o corpinho se aconchegando debaixo dos cobertores.
     Ser mãe é assistir aos avanços, sorrir com as vitórias e amparar o filho nas pequenas derrotas.
     Ser mãe é descobrir que se pode amar ainda mais um homem ao vê-lo passar talco, cuidadosamente, no bebê ou ao observá-lo sentado no chão, brincando com o filho.
     Ser mãe é se apaixonar novamente pelo marido, mas por razões que antes de ser mãe você consideraria muito pouco românticas.
     Ser mãe é irradiar de felicidade ante o milagre que é uma criança dando seus primeiros passos, conseguindo expressar toscamente em palavras seus sentimentos, juntando as letras numa frase.
     Ser mãe é se inundar de alegria ao ouvir uma gargalhadinha gostosa, ao ver o filho acertando a bola no gol ou mergulhando corajosamente do trampolim mais alto.
     Ser mãe é descobrir que, por mais sofisticada que se possa ser, por mais elegante, um grito aflito de “mamãe” a faz derrubar o suflê ou o cristal mais fino, sem a menor hesitação.
     Ser mãe é descobrir que sua vida tem menos valor depois que chega o bebê.
     Ser mãe é dividir o espaço da cama com um corpinho que te joga pra fora e te deixa sem coberta, cujas perninhas não param de te chutar. Sem falar a cabecinha, que teima em lutar contra a lei da física, que diz que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, e quer ficar em cima da sua…
     É desistir de assistir qualquer coisa, porque mãozinhas quentes pegam o seu rosto e seguram firme de encontro a narizinhos pequenos e arrebitados, escutando uma vozinha mansa falar “mamãe, olhe pra mim!”… Isso depois de brincar de carrinho, de trenzinho, de desenho, de esconde-esconde embaixo das almofadas…
     Ser mãe é sacrificar a própria vida para poupar a do filho.
     É ouvir o filho falar da primeira namorada, da primeira decepção e quase morrer de apreensão na primeira vez que ele se aventurar ao volante de um carro.
     É ficar acordada de noite, imaginando mil coisas, até ouvir o barulho da chave na fechadura da porta e os passos do jovem, ecoando portas adentro do lar.
     Ser mãe é inundar de gratidão por tudo que se recebe e se aprende com o filho, pelo crescimento que ele proporciona, pela alegria profunda que ele dá.
     Ser mãe é aguardar o momento de ser avó, para renovar as etapas da emoção, numa dimensão diferente de doçura e entendimento.


PARABÉNS A TODAS A MAMÃES!

Nenhum comentário:

Postar um comentário